sábado, 14 de abril de 2012

Entender é uma questão de sentir.

O que eu sinto é puro.
Eu não o quero como minha posse, apesar de adorar que ele queira ser. O meu querer é de não possuir. É o simples querer de estar à mercê.
Eu poderia ser qualquer coisa que ele quisesse de mim só pra vê-lo feliz.
Eu não posso negar nada a quem merece tudo, posso?
Ninguém nega o céu aos anjos e pássaros.
E eu não posso amarrar suas asas. Nem quero. Eu quero a feroz liberdade de sua natureza me fazendo feliz. Como fez até hoje. Como ainda fará.
Soa estranho eu dizer que não o quero. Eu o quero talvez não mais que tudo, mas mais que muito.
Mas quando digo que o quero livre, falo do seu espírito. É seu espírito que nunca deve ser aprisionado. Quem olhar pros seus olhos quando ele sorri solto, entenderá.
Ou talvez não. Talvez precise de certo tato pra sentir aquela luz. Mas eu vejo. E brilha. Reluz.
Eu amo aquela criatura de tantas formas diferentes que talvez seja incondicional. Porque, bem, eu amo aquela existência. Eu admiro. É belo e simples.
Porque, também, aquela luz me iluminou. De dentro pra fora e extravasou pelos olhos.
Porque eu tenho muitos ‘porquês’ pra isso.
E talvez, eu tenha ‘talvez’ o bastante pra responder os ‘porquês’ incertos. Mas não consigo dizer exatamente o que se passa porque o que eu sinto é puro.
Puro sentimento. Pura alma.
E completo.


(Escrito em 06/01/2012)

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