terça-feira, 19 de junho de 2012

"O que é que há, pois, num nome?"

"Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem." - William Shakespeare.

Sei muito pouco sobre algumas coisas e ainda tem coisas sobre o que nada sei, mas posso dizer que ser só uma unidade nesse infindável mar de gente mexe um pouco com a gente. Somos muitos. Somos muitos buscando "ser alguém", tentando ser reconhecidos por quem somos. Mas, afinal, quem somos nós?

Quem sou eu? Será que meus pensamentos ainda me pertenceriam se eu tivesse nascido Jéssica ao invés de Andressa? E se meu pai cantasse pra mim que "o nome dela é Jéssica, eu já falei pra vocês. É a coisa mais linda que Deus pôde trazer" ao invés de cantar que eu valia ouro, todo seu tesouro?

Cada vez mais acredito que, como as flores, as pessoas são sim produto do meio onde foram cultivadas, mas em nível de formação do caráter individual. A coisa complica um pouco quando a gente leva em consideração uma inconstante: a mente de cada um. Se duas pessoas que leem o mesmo livro podem senti-lo cada um a sua forma, duas pessoas vivendo no mesmo meio podem tomar rumos diferentes: eles variam de acordo com a compreensão do correto de cada um.


Percebe que pra ser aquele alguém que você tenta ser é necessário ser você? Seu valor está exatamente em quem você é. Acredito sinceramente que das conquistas que a gente acumula vivendo, descobrir o Eu é a mais valiosa. Até porque, meu caro, só mesmo a partir dela é que você vai definir o que lhe é valioso.


Não sei bem como foi que me descobri, mas deixe que eu me apresente: Eu sou a menina que meus pais criaram, que dormia na cama com a vovó e que, pequenina, adorava se fantasiar e criar histórias mirabolantes pra justificar aquela roupa. Eu não sei ao certo quanto vale isso e, certamente, para algumas pessoas tem mais valor que para outras, mas eu tenho orgulho das coisas que fazem de mim eu. Isso deve significar alguma coisa.



Nenhum comentário:

Postar um comentário