domingo, 23 de dezembro de 2012

A balança não é o símbolo da justiça?!

  Este não será um texto poético. Para os desinteressados em minha vida pessoal, aconselho inclusive que não o leia. Vou apenas esboçar algumas das conclusões a que cheguei com o tradicional balanço anual dos acontecimentos. 
 Final de ano todo mundo se (i) mobiliza para olhar pra trás e repensar o que se passou. 

 Aconteceram coisas demais pra mim. Pra ser bem sincera, a quantidade de coisas boas foi bastante generosa, mas a de coisas ruins foi exata. Uma coisa que foi no mínimo uma gozação do destino é que sempre em meio a tanta felicidade chegava alguma notícia ruim. Nenhuma tragédia grega, mas sempre o suficiente pra criar um conflito interno que me obrigava a repensar em como agir ou lidar com aquilo. Pensava tanto e em tantas possibilidades que cheguei a me sentir como Sherlock Holmes prevendo todos os próximos possíveis passos.

 Pensei tanto e em tantas possibilidades... Cada possibilidade descartada era uma parte minha ignorada, deixada pra trás. Era uma escolha do caminho que eu queria seguir, da pessoa que eu queria ser. Mais perdi partes minhas do que me encontrei.

 Mas encontrei-me.

 Uma coisa que eu entendi é que maturidade está mais relacionada a saber lidar com seus conflitos internos do que seus problemas do dia-a-dia. Nunca amadureci tanto quanto nesse ano de 2012 e se algum dia já disse que dá pra aprender com os erros dos outros, lavo minha boca com esfregão. Só aprendi porque tive que consertar cada erro que cometi, e não foram poucos. A gente aprende na prática e dando a cara a tapa. Tomei vários. O tapa nos outros só deixa a gente com medo.

 Está aí outra coisa que eu aprendi: O medo só passa quando a gente passa por ele. O instante em que você vai precisar enfrentá-lo vai chegar. Sempre chega. Quanto mais você adiar, mais vai viver com medo do inevitável. 

 Não é como se eu não tivesse mais medo. A verdade é que eu sempre me apavoro e, porque me apavoro, menos tempo o quero me acompanhando.

 Tem uma história que diz que o corajoso morreu na guerra e o medroso está abraçando sua mulher na cama. Talvez seja por isso, vai saber...

 Eu não sei. Só sei que foi assim pra mim. 

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